Player Music

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Guitarra Giannini GI 300 Strato

Depois de 8 anos sem uma guitarra por perto, digo para a prática diária desde quando me desliguei da Banda RUS - Reação Ultra Sonora, formada com os amigos para vir trabalhar e estudar em São Paulo, resolvi vender algumas "tralhas" que estavam paradas, e tentar encontrar uma guitarra boa e bacana. Nada de muito valor em espécie, e sim uma boa strato pra relembrar as escalas pentatônicas. Minha meta era não colocar dinheiro do bolso. Acabei conseguindo vender tudo que coloquei à venda na internet e me surpreendi com a procura. À princípio pensei em comprar uma zero bala. Estava de olho em uma Tagima T635. Testei na loja e gostei bastante do som e da pagada. Mas acabei tento uma sorte danada e vou contar como foi.

Foto do anúncio.



Corpo em perfeito estado, sem batidas ou riscos profundos. Escudo sanduíche também novinho sem riscos. O jack precisa de uma regulagem básica para ganhar pressão novamente.

Comecei a pesquisar pra ver se encontrava uma guitarra usada na internet e que tivesse as características que estava buscando; bonita, som bacana, madeira e braço legal e que se fosse preciso, pudesse dar um "trato", revitalizar de alguma forma. Talvez trocar algumas peças ou apenas uma boa limpada. Queria botar a mão na massa mesmo. Eis que em uma das minhas pesquisas encontro uma Giannini GI 300, usada, sendo vendida por uma moça, dizendo que ganhou de presente há muitos anos e praticamente nunca usou! Comecei então o contato. A guitarra estava em São João da Boa Vista, SP. O frete ou a minha ida pra lá, teria um custo que não estava em meu planos. Depois de muita conversa e negociação, duas semanas depois do primeiro contato, combinamos de um amigo trazer para São Paulo e eu retirar com ele. E não é que deu certo!?

Headstock em perfeito estado sem riscos ou batidas. Tarraxas sem riscos e a mecânica 100%.

Ferragem no geral com bastante sujeira acumulada.

Tarraxas precisando de uma bela limpeza pra ficar com aquele brilho animal!


Captadores e escudo com sujeita acumulada, ótimo para fazer aquela limpeza!

Ponte em estado crítico no quesito limpeza. Ferrugem somente nos parafusos mesmo.

Sujeira acumulada rente aos trastes com alguns pontos críticos na escala também.

Saddles (carrinhos) prontos para limpeza. Os parafusos de ajustes de altura também precisam de um grau ou mesmo a sua troca.

Aterramento bem feito e ainda original. Molas, Ok. Acabamento interno precisando de uma limpeza.

Potenciômetro do volume apresenta falhas. Logo vou trocar todos eles. Chave seletora funcionando normalmente sem falhas também.
Madeira do corpo em bom estado.
Captadores de fábrica.
Instalação dos potenciômetros.
Parte inferior do escudo e fiação em ótimo estado.

Estado da ponte antes da limpeza.

Proteção da escala para limpeza dos trastes com Brasso; polidor de metais.

Ponte já com os saddles reinstalados após a limpeza geral.

Aqui alguns trastes já limpos. Brilho renovado.
Quase pronto. Na escala óleo de peroba pra dar vida e limpeza.

No detalhe, trastes limpos e brilhantes com braço já higienizado.


Corpo limpo com pano úmido e depois um lutra-móveis simples, pra dar um acabamento.

Escala e corpo já limpos.

Finalizando...encordoamento zerado!


Pronto. Aqui está a belezinha limpa e finalizada. Pronta pro som! A pintura transparente e as veias da madeira dão um acabamento muito bonito.

Headstock muito bonito, que, segundo pesquisas, foi um dos últimos fabricados nos moldes da lendária Fender Strato.

A modificação que pretendo fazer em breve, é trocar o bloco da ponte. Apesar do timbre dela ser muito bonito e ter me agradado bastante - representando muito bem as stratos clássicas, segundo informações, um bloco de aço, mais pesado, daria uma refinada no timbre dela. Mostrarei aqui se fizer realmente essa troca. O bloco presente nela é bem fino e aparentemente leve realmente. Mas a madeira do corpo em Poplar me surpreendeu como já havia pesquisado, com sua acústica e ressonância com ela desligada, foi utilizada pela Fender nas stratos mexicanas. A guitarra é bastante leve e confortável. Seu braço é um ponto forte que curti muito. Estou muito satisfeito com o resultado e com o desempenho dela. Realmente é uma puta guitarra!

Sobre a Banda RUS que comentei anteriormente, pretendo fazer um post especial e contar essa história de muito aprendizado e verdadeiros amigos. Tocamos juntos por 5 anos aproximadamente, com início em meados de 2002 no interior do estado de São Paulo. Tivemos algumas trocas de integrantes, uma brincadeira que acabou virando quase um negócio sério onde nossas famílias e amigos acompanhavam.

Pra finalizar, fiz duas pequenas gravações como demonstração utilizando o Guitar Rig 5, com um preset personalizado.


Obrigado pela leitura.

Grande abraço e até a próxima!

Douglas


quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Minha Primeira Guitarra! - Giannini Stratosonic AE08

Giannini Stratosonic AE08

Bem, como esse é meu primeiro post, vou me apresentar. Meu nome é Douglas, nasci em Maio de 1987. Hoje sou Engenheiro Civil trabalho na área e sempre tive a música como um hobby, um interesse desde a adolescência. Ou melhor; desde sempre. Cresci ouvindo moda de viola e música sertaneja nos churrascos de família, aos 8 anos de idade arranhava o violão do meu pai no interior de São Paulo, em minha cidade natal, Lençóis Paulista, onde está toda minha queria e eterna família até hoje. Desde então, nunca fiquei sem me alimentar da música em geral. Faz muito bem pra mim.

E com o passar do tempo, com o violão sempre no colo, fui pegando gosto pela coisa. Aos 13 anos de idade ganhei minha primeira guitarra; Uma Giannini Stratosonic AE08. Nem sabia direito o que era um guitarra. Corpo na cor branca, escudo branco, braço em marfim (ou maple), 3 captadores single e chave seletora de 3 posições; uma raridade - na época nem sonhava que a guitarra foi fabricada antes mesmo de eu nascer. A madeira do corpo não posso afirmar, pois nunca soube ao certo (pelas minhas pesquisas, é Caixeta). Ganhei já usada no ano de 2000. Sua fabricação, segundo minhas pesquisas recentes, é dos anos 70 e lá vai cacetada. Uma verdadeira relíquia!


FONTE: Site Giannini - Catálogo Instrumentos Musicais e Eletrônica 1976/1977

Essa belezinha infelizmente não está mais comigo; Depois de um bom tempo acabei vendendo para um amigo que passou pra frente à um conhecido. Hoje em dia ela está em Curitiba - pretendo pegar ela de volta, mas resta saber se vou conseguir e qual o valor da criança. Na mesma época que vendi a AE08 comprei uma Epiphone Les Paul Special Vintage Sunburst - muito guerreira! Mas essa será um outra postagem.

Era idêntica à essa da foto. Tinha inclusive esse "protetor" da ponte, um tipo de capa cromada e removível. Uma guitarra única. Se eu conseguir fotos, publico aqui em breve. (Atualizado - fotos abaixo. Agradecimento especial ao André Sacoman que enviou as fotos!).







Tenho um imenso carinho por essa marca, que além de ser Brasileira, me trás ótimas lembranças da minha infância. Tenho a impressão que ela deveria ser mais respeitada por todos nós perante às outras marcas. Acho também que o investimento de novos produtos é sempre importantíssimo para que a procura seja cada vez maior. Mas isso é só uma opinião.

Fico por aqui. Origado pela leitura.

Grande abraço e até a próxima!

Douglas